Está presente desde o dia 12 de Maio e até o próximo dia 10 de Junho, no Salão Medieval da Reitoria da Universidade do Minho, no Largo do Paço, em Braga, uma exposição subordinada ao tema " Testemunhos de Guerra".
Esta exposição retrata a presença portuguesa em África no período da Guerra de Ultramar(1961-1974) que culminou com a Revolução do 25 de Abril de 1974.
Organizada pelo Regimento de Cavalaria Nº6, pelo Conservatório de Musica Calouste Gulbenkian de Braga e pelo Conselho Cultural da Universidade do Minho, através das suas unidades culturais do Centro de Estudos Lusíadas e da Biblioteca Pública de Braga esta exposição pretende dar a conhecer as mais variadas dimensões da guerra, dirigindo-se não só áqueles que foram presenças vivas neste acontecimento, mas também aos que revelarem curiosidade pelo conhecimento deste período.
A guerra que Portugal travou nas ex-colónias (Angola, Guiné e Moçambique) durante treze anos e que envolveu cerca de 1.361.596 jovens e seus familiares, é assim o tema central desta mostra, marcada por uma forte componente fotográfica e equipamento e armamentos militares.
O início da exposição evidencia os antecedentes desta Guerra e as cidades mais importantes das antigas colónias e num segundo momento, denominado "As tropas, seus meios" é visível a chegada e o desfile das tropas portuguesas nas capitais das colónias e o contentamento e euforia da população.
O painel "Acção Social" reporta-se ao apoio dos militares portugueses para com as populações autóctones, em especial as crianças, em domínios da acção educativa, económica, sanitária e médica.
No "Inimigo" compreende-se a ideologia e os objectivos dos diferentes líderes e movimentos de libertação existentes em Angola, Moçambique e Guiné.
O quotidiano da vida dos combatentes é expresso em “Os Aquartelamento", bem como as suas expectativas e trabalhos .
Ataques, emboscadas e situações de combate são mostradas no painel "Os combates", onde é dado relevo aos grupos especiais de combate como os Comandos, os Pára-quedistas e os Fuzileiros.
Esta exposição termina com um sector orientado para as consequências desta Guerra , onde se apreciam as condecorações existentes como o Colar de Torre e Espada, a Medalha de Valor Militar, a de Cruz de Guerra e a das Campanhas de África.
Como não poderia deixar de ser, esta exposição faz referência às consequências físicas e psicológicas do acontecimento através dos deficientes e a sua Associação (ADFA); da listagem dos 9.749 militares que faleceram, do 25 de Abril de 1974; e das datas da independência das colónias.
A exposição funcionará das 9:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:30 e paralelamente a esta serão organizados eventos relacionados com a temática.
Fonte:
http://umonline.uminho.ptImagem retirada do mesmo site